segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Matéria informativa - Pauta Livre

Pelotas recebe os primeiros contêineres para as “escolas de lata”

Prefeitura de Pelotas usa contêineres para suprir a falta de vagas na rede pública do município.


Depois de quase dois meses de férias o final do mês de fevereiro é marcando pelo retorno das aulas. Na rede pública do município de Pelotas mais de 500 alunos começam o ano letivo em salas de aula de contêineres. Segundo a Prefeitura Municipal de Pelotas, o uso das chamadas “escolas de lata” tem como objetivo suprir a falta de vagas e evitar que estudantes que moram próximos aos colégios se desloquem para lugares mais afastados. 

Serão nove unidades de 40 metros quadrados, com capacidade de 25 alunos cada. Os módulos possuem revestimento de pvc, sistema de ar-condicionado e telhado. As primeiras estruturas começaram a ser instaladas nesta terça-feira (18) em quatro instituições de ensino: as escolas do Núcleo Habitacional Dunas, Osvaldo Cruz, Mario Meneghetti e Piratinino de Almeida. O secretário de Educação, Gilberto Garcias, afirma que nenhum estudante ficará fora de aula com o início do ano letivo. “Os modelos serão utilizados nas escolas em que temos maior carência de salas”.

Contêiner servirá de sala de aula para alunos da rede municipal
(Foto: Paulo Rossi - DP)

O contrato foi firmado com a Modular Contêineres, empresa de Canoas que presta o mesmo serviço para prefeituras do Estado. A locação é de seis meses, com custo total de R$ 337 mil. A construtora pelotense Roberto Ferreira também disponibilizou três contêineres nas mesmas dimensões, ao preço de R$ 72 mil. A solução é temporária, enquanto os módulos fixos de construção rápida pretendidos pela prefeitura ainda não estão prontos. Porém, a licitação da empresa encarregada por estes já foi concluída, totalizando 40 salas e um gasto em torno de R$ 1,4 milhão. A previsão de entrega é de seis meses, o mesmo prazo do aluguel dos contêineres.

Contêineres dividem opiniões

A iniciativa, porém, é contestada pelo Sindicato dos Municipários de Pelotas. "Pesquisas mostram prejuízo ao aprendizado dentro destes locais", afirmou o presidente da entidade, Duglas Bessa.  A vice-presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, aponta que o governo tem que planejar o ano letivo e suas novas demandas com antecedência e não gastar recursos públicos com salas de aula de lata alugadas e que não garantem a estrutura mínima para o bom desempenho escolar. Já o coordenador do programa Boa Escola Para Todos, Sadi Sapper, diz que os alunos terão toda a estrutura necessária e a qualidade do ensino não será prejudicada.


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